quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Musicalidade Nata

Nessa época de Natal, vejo as pessoas felizes e cantantes e me pergunto: Será que a música nasce com a gente ou nos é imposta?
Eu, particularmente (perdoem-me a redundância), sinto uma influência enorme dos gostos de meu pai. Cresci ouvindo MPB. Caetano, Gil, Chico, Bethânia, Gal.. Tropicália corre no sangue. Ou não?! Ouvindo tropicália desde berço, hoje além deles, gosto de coisas do cenário alternativo. Gosto de músicas com conteúdo, com críticas, com uma sonoridade diferente do usual, que não falem apenas de como morrerá sem a pessoa amada. Talvez por influência da falta de lenço e de documento... Talvez por ver que mulheres enganadas querem matar seu amado em plena avenida São João... Talvez por descobrir que nem com açucar e nem com afeto se segura homem em casa, ou quem sabe ainda por querer ver o que ele faz quando ver que sem ele eu passo bem demais... De qualquer forma, não sei se influenciada ou não, sinto um verdadeiro desgosto de músicas melosas demais. Me pergunto do que eu gostaria se do contrário tivesse crescido sem ouvir nenhum tipo de música, se meu "gosto" musical seria o mesmo, se as pessoas que vão crescer ouvindo "aposto um beijo que você me quer" terão salvação ou só infestarão as rádios de músicas melodicamente iguais e pobres de conteúdo. Não sei dizer, ao mesmo tempo conheço filhos de forrozeiros engajados no movimento Heavy Metal... De qualquer forma, por via das dúvidas, tenho as discografias certas separadas para tocar para minha barriga num futuro ainda distante.